O ano de 2013 foi marcado por fortes manifestações populares nas cidades brasileiras com pautas sobre o direito à educação, à saúde e à cidade. O Estado brasileiro exerceu forte repressão, inclusive não respeitando direitos conquistados com muita luta, sangue e vidas levadas nos anos de chumbo. Menos de um ano depois, o Brasil tenta refletir sobre os efeitos do golpe civil e militar de 1964, ainda mais enquanto o Estado insiste em manter as permanências dos tempos de ditadura, como a repressão e supressão dos direitos de livre organização e manifestação.
Em Joinville, os bairros escondem dos olhos da comunidade várias práticas opressivas. No bairro Paranaguamirim, os estudantes da Escola de Educação Básica Marli Maria organizaram o Grêmio Estudantil para atender as necessidades da comunidade escolar, tendo como norte a defesa da escola pública, melhoria das condições de estudo e de trabalho. Porém, o grêmio estudantil livre e autônomo da direção escolar da senhora Cleide Maria de Oliveira Futani, que é indicada do governador catarinense Raimundo Colombo, está sofrendo com ataques constantes. A proibição de assembleias dentro do ambiente escolar, perseguição aos membros da entidade estudantil e outras formas para silenciar o instrumento de organização e luta estudantil.
A direção da Escola de Educação Básica Marli Maria, assim como o governador do Estado, representa a permanência dos 21 anos de chumbo, pois realizam violações de direitos fundamentais. Por isso, o Coletivo Anarquista Bandeira Negra, integrante da Coordenação Anarquista Brasileira, torna público o seu repúdio à perseguição realizada pelo governo do Estado de Santa Catarina ao Grêmio Estudantil da E.E.B. Marli Maria. Na mesma medida, somos totalmente solidários aos estudantes em luta pela melhoria e pela defesa da educação pública.
Por grêmios livres, autônomos e combativos!
Protesto não é crime!
Lutar, criar, poder popular!
Santa Catarina – 14 de abril de 2014.
Coletivo Anarquista Bandeira Negra
Posted on 12/04/2014 by CABN
0