A luta dos trabalhadores/as é uma só. Somamos nosso total apoio e solidariedade aos guerreiros/as desta categoria, trabalhadores/as da Saúde, que estão em greve há mais de um mês. A greve é a ação direta e forma de resistência que as classes trabalhadoras possuem contra os patrões e o governo. O governador Raimundo Colombo, depois de chantagear e promover a crise na Educação, agora cumpre seu papel de carrasco dos/as trabalhadores/as e servidores/as. A população, duplamente explorada, pelo capital e pelo Estado, só lhe resta a luta, a indignação e a solidariedade. A precarização da saúde pelo Estado e as Organizações Sociais (OS) são os responsáveis pela crise. Pela organização e pela greve de resistência é que a classe trabalhadora garantirá seus direitos e jamais como uma caridade benevolente do governo.
Hoje, junto com outras categorias, marchamos unidos em solidariedade aos trabalhadores/as da saúde, por compreendermos que a luta por dignidade e melhores condições de trabalho deste setor expressam não apenas uma faceta de uma pauta muito maior, de urgência no combate a doenças e epidemias mas, fundamentalmente a necessidade da população como um todo por maior qualidade de vida.
Somamos nossas forças ao movimento dos trabalhadores/as da saúde, e em outras categorias que vem se expandindo e se organizando, o que evidencia que a luta dos trabalhadores/as é classista e combativa. A política da velha oligarquia e dos interesses privados está sendo posta em prática desde governos anteriores e os trabalhadores/as da saúde, devem arrancar sua parcela de empoderamento para ter, no mínimo, condições dignas para seu trabalho. Ao contrário do que diz a “opinião pública” e os meios burgueses da mídia, que a greve da saúde (e qualquer outra) causa transtornos na vida das pessoas, que fique bem claro que o verdadeiro transtorno vem sendo causado há muito mais tempo pelo governo, a cada direito retirado dos trabalhadores/as, com o descaso em relação à equipagem e capacitação, má infraestrutura, falta de medicamentos, materiais e recursos humanos.
Entendemos que pelas péssimas condições de trabalho do sistema de saúde, que obriga os trabalhadores/as a se desdobrarem para buscar um atendimento digno às pessoas, é justo e necessário que se diga um “Basta!” à situação precária que vemos e vivenciamos. A única possibilidade real de mudança está na ação coletiva, organizada e direta. Vamos construir a solidariedade em torno das lutas pela saúde, pela educação, pelo transporte, pela moradia e por outras! Vamos fortalecer as lutas em defesa do SUS, contra a Privatização da Saúde! Contra as PPP (Parceria Público-Privado) e as OS! Contra os mandos e desmandos dos gestores incompetentes! Enquanto o controle e deliberação não forem feitos pelo povo, a garantia de um SUS não dará o nosso direito à saúde. A concretização do sistema de saúde está ameaçada, criando um disparate prejudicial no atendimento dos mais necessitados, os pobres. Saúde não é mercadoria!
A opressão e exploração dos trabalhadores sob o capitalismo nos leva ao limite de situações como esta, em que temos a negação do acesso da população relegadas à sorte. Pela vitória na luta, companheiros/as, conseguindo arrancar o máximo de conquistas possíveis. O Coletivo Anarquista Bandeira Negra se solidariza com os trabalhadores/as da Saúde de Santa Catarina ombro a ombro, pelo chamado de unidade à luta e para resistirmos juntamente a todos os ataques aos direitos trabalhistas, avançando rumo a novas conquistas.
Força e resistência na luta! Autonomia, Combatividade e Liberdade!
Nenhum direito a menos, avançar em novas conquistas!
Quando os de baixo se movem, os de cima caem!
COLETIVO ANARQUISTA BANDEIRA NEGRA
Santa Catarina, 06 de dezembro de 2012
celina
08/12/2012
Saudações Anarquistas!
Congratulações pelo texto, ele reflete de fato o que estamos enfrentando nestes tempos de luta e denuncia ao governo privatista dos políticos catarinenses (empresários do patrimônio público), iniciado, ou melhor, idendificado por alguns de nós, já no governo do Luis Henrique .
Sou servidora do HEMOSC e por mais de quatro anos lutamos de todas as maneira para não deixar que o HEMOSC /CEPON fossem repassados para a organização social, a antiga fundação -FAHECE- que pertence a família dos Bornhausen.
Nossa vitória foi grande no fato de não permitir que os servidores do estado fossem cedidos à OS. E, com isso, retardamos um pouquinho, o processo de privatização que continua acontecendo no dia a dia de todos nós.
Com o tempo os servidores vão se acostumando ao modelo privatista e alguns deles tentam, outros tiram vantagens com isso, o que é muito lamentável.
Temos que nos unir e derrubar, extirpar essa política do lucro instalada na saúde, instalada no HEMOSC/CEPON. Precisamos desalojar esses ladrões, mecenários que estão roubando o que pertence ao povo.
Temos o dever de continuar esta luta, mesmo depois que a greve terminar. Não aguentamos mais fechar os olhos para o que vem acontecendo, e precisamos encampar uma luta contra a FAHECE, essa OS disfarçada de fundação.
Bem… por hora, fico aqui, à margem deste corredor de aço…no qual reflete as sombras de todos aqueles que lutam anonimamente pela liberdade, justiça e dignidade do povo que sobrevive à margem desta estrutura podre e burguesa.
Um abraço,
Celina